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Isadora Rosan

Um dos maiores pesadelos de pacientes que buscam um dermatologista é o melasma, condição que afeta majoritariamente mulheres e é causada por uma hiperpigmentação da pele, que faz com que manchas escuras apareçam no rosto.

No artigo de hoje, vamos falar um pouco sobre o surgimento, os fatores de risco e o tratamento do melasma, que apesar de não oferecer riscos para a saúde e a vida do paciente, possui um impacto muito forte na autoestima e, consequentemente, na qualidade de vida.

O que é o melasma

O melasma é uma condição de pele caracterizada pelo aparecimento de manchas escuras, normalmente na região das bochechas, nariz, queixo, testa e da boca. As manchas possuem bordas bem definidas e formas irregulares, podendo ter tamanhos diferentes.

Além disso, algumas pessoas também podem desenvolver melasma em outras regiões do corpo, como braços, mãos e pescoço, por conta da exposição constante ao sol.

O melasma afeta principalmente mulheres e está relacionado, entre outros fatores, às variações hormonais, que são muito intensas durante a gestação, por exemplo. Por isso, é comum o relato no consultório de que o melasma aparece ou piorou na gestação.

Como o melasma surge

Hoje em dia sabemos que essas manchas surgem por pigmento depositado na pele, mas também pelo envelhecimento e por alterações na circulação do sangue. 

O melasma pode aparecer na epiderme, que é a camada mais superficial da pele, na derme, que é a camada intermediária, composta por vasos sanguíneos, glândulas sudoríparas, etc., ou pode atingir as duas camadas.

A condição é crônica e pode aparecer e desaparecer várias vezes durante a vida. O surgimento do melasma está relacionado a alguns fatores de risco, como:

·         Uso de anticoncepcionais;

·         Predisposição genética;

·         Exposição frequente ou prolongada à luz do sol sem proteção;

·         Mulheres em idade reprodutiva (30 a 50 anos);

·         Gravidez, por conta das variações hormonais;

·         Pessoas com a pele mais escura, por conta da quantidade de melanina.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico do melasma é feito pelo dermatologista através de observação clínica em consultório, ou seja, não há necessidade da realização de exames específicos.

Já o tratamento depende de uma série de fatores, como intensidade e tamanho das manchas, localização e, principalmente, o grau de incômodo da paciente com o problema. Em geral, recomenda-se o uso de cremes próprios para clarear a pele e que ajudem a controlar a atividade da tirosinase, enzima que colabora no aumento de melanina, causando o melasma. Outros procedimentos, como o peeling e o microagulhamento, também são importantes aliados no tratamento da condição, já que os efeitos começam a aparecer em menos tempo, melhorando a autoestima da paciente mais rápido.

Além disso, sabemos que o envelhecimento tem o papel crucial na doença, então, tratamentos que estimulam a produção de colágeno podem ser valiosos para o seu melhor controle.

Todos esses tratamentos podem ser realizados pelo dermatologista no consultório, sem necessidade de internação do paciente. 

Mas independente de qual forma seja a escolhida pelo profissional, é absolutamente fundamental que a paciente faça uso diário de protetor solar, não apenas para garantir que as manchas clareiem mais rapidamente, mas também para prevenir o aparecimento de novas.

A proteção solar é o pilar fundamental do tratamento, e sem ela, tudo será em vão. Além de ser contínua, a proteção deve ser intensa, isso inclui:

  • usar filtro solar toda manhã, duas camada, sendo a mais superficial uma camada de filtro com cor de base
  • reaplicar durante o dia de 3 em 3 horas em filtro solar
  • não tomar sol no rosto nem no corpo
  • usar chapéus e viseiras de aba larga
  • usar óculo de sol

Tudo isso é importantíssimo! O melasma demora pra clarear, mas basta um dia de praia para voltarmos à estaca zero.

Redatora: Isabella Mengelle

Data de inserção: 15/09/2022

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